Embora seja a única Big Tech que ainda não realizou demissões em massa, a Apple está adotando algumas políticas mais rígidas em relação ao seu quadro de pessoal. Uma delas tem sido o rastreamento de empregados nos escritórios da empresa para conferir se eles estão cumprindo a exigência de comparecimento durante três dias na semana.

Diferentemente do Brasil, onde os livros de ponto ou ponto eletrônico são obrigatórios por lei, nos EUA as empresas podem usar outros sistemas para rastrear as horas trabalhadas, prática que se tornou mais elástica durante a pandemia.

Desde abril do ano passado, a companhia de Cupertino determinou que seus colaboradores devem estar presencialmente nos escritórios às segundas, terças e quintas-feiras. De acordo com um tweet da editora-chefe do site de notícias Platformer, Zoe Schiffer, a Apple agora está monitorando esses registros através do crachá eletrônico.

De acordo com Schiffer, o rastreamento eletrônico do comparecimento efetivo aos escritórios servirá para emissão de “alertas progressivos” àqueles que não estiverem cumprindo as regras. Alguns departamentos estão chegando mesmo a ameaçar os empregados resistentes com a rescisão do contrato de trabalho, embora isso "não pareça ser uma política ampla da empresa", diz Schiffer.

Cortes para evitar demissões

As medidas restritivas coincidem com a divulgação de uma reportagem divulgada semana passada na Bloomberg, na qual o analista Mark Gurman explica que, mesmo fazendo o possível para evitar demissões em massa, a Apple está usando todos os recursos e ferramentas para cortar custos para que isso não aconteça.

As medidas incluem uma redução no “tempo especial de doença”, que permitia até o afastamento para cuidar de familiares durante a pandemia, e o não preenchimento das vagas abertas pela saída espontânea de funcionários da empresa.