As ações da Meta – dona do Facebook, Instagram e WhatsApp – subiram mais de 23% na última quinta-feira (2). Uma das maiores altas dos papéis da big tech em quase uma década é um reflexo das recentes previsões otimistas do CEO Mark Zuckerberg.

Esse também é o ponto mais alto da empresa desde setembro de 2022, antes da revelação dos desastrosos resultados financeiros do 3º trimestre do ano passado. Agora, os analistas olham positivamente para a companhia, que deve superar a receita estimada de US$ 32,17 bilhões.

O comunicado de Zuckerberg, publicado na última quarta-feira (1), foi bem recebido pelos analistas. Além de assumir novamente a responsabilidade pela demissão de milhares de colaboradores em novembro de 2022, o CEO da Meta prometeu foco no crescimento.

“Nosso tema de gestão para 2023 é o ‘Ano da Eficiência’ e estamos focados em nos tornar uma organização mais forte e ágil”, declarou o executivo.

Conforme o CNBC, os analistas acreditam que a previsão de “despesas significativamente reduzidas” da Meta é um bom sinal. Com isso, a recompra das ações da companhia poderá ser maior do que o previsto.

Especialistas acreditam que o preço-alvo das ações pode chegar a US$ 275. Citando uma avaliação mais atraente e a promessa de uma melhor gestão, outros especulam que os valores dos papéis devem ficar entre US$ 210 e US$ 220.

Possível retomada em 2023

Nos últimos anos, Zuckerberg guiou a Meta em uma extensa mudança para o setor de realidade virtual e a criação do metaverso. O investimento de bilhões de dólares no Reality Labs foi alvo constante de críticas de analistas e investidores.

Muitos alegaram que a ação tirou o foco dos negócios de publicidade, principal fonte de renda da big tech. Em outubro de 2022, a marca teve uma perda de US$ 700 bilhões e deixou a lista das 20 maiores empresas.

Depois do suposto fracasso do metaverso e as demissões em novembro de 2022, a Meta teria direcionado os esforços para o WhatsApp. Além de diversas melhorias para o mensageiro, a empresa tem buscado novas formas de ampliar a rentabilidade do Instagram.