A plataforma de videoconferências Zoom anunciou a demissão de cerca de 1.300 colaboradores, equivalente a 15% da força de trabalho. Com a intenção de conter custos, o CEO Eric Yuan também revelou que reduzirá 98% do próprio salário no próximo ano fiscal.
Conforme o executivo, os cortes são uma medida relacionada aos ajustes do “mundo pós-pandemia”. Então, a empresa precisa se adaptar à “incerteza da economia global e o impacto sobre os clientes”.
O Zoom teve um amplo crescimento no início da pandemia em 2020, se tornando um dos principais meios de videochamadas enquanto as pessoas estavam em casa. Para atender a grande demanda, a empresa triplicou o quadro de funcionários.
“Trabalhamos incansavelmente e melhoramos o Zoom para nossos usuários, mas cometemos erros. Demoramos mais do que deveríamos para analisar minuciosamente nossas equipes ou avaliar se estávamos crescendo de forma sustentável em direção às maiores prioridades”, disse Yuan justificando as demissões.
Em comunicado, o CEO revelou que os cortes atingirão todos os setores da empresa. Contudo, os colaboradores dispensados receberão até 16 semanas de salário e cobertura de plano de saúde.
CEO reduz o próprio salário
Eric Yuan também anunciou que reduzirá 98% do próprio salário no próximo ano fiscal, que se inicia em março nos EUA. Além disso, o CEO abrirá mão dos bônus corporativos de 2023.
Com a decisão, o salário mensal do líder da empresa será de US$ 10 mil com a remuneração anual de US$ 500 mil. Dados fiscais de 2022 mostram que o executivo tinha um salário mensal de US$ 300 mil com a remuneração anual de US$ 1,1 milhão.
“Como CEO e fundador do Zoom, sou responsável por esses erros e pelas ações que tomamos hoje. Quero mostrar responsabilidade não apenas em palavras, mas em minhas próprias ações”, declarou Yuan.
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