Após o lançamento do protótipo de chatbot ChatGPT da OpenAI no final de novembro, o Google está em estado de alerta (“red code”) segundo o The New York Times. Preocupa aos executivos de Mountain View o sucesso da nova ferramenta que, em menos de uma semana, bateu a marca de 1 milhão de usuários, segundo o CEO da OpenAI, Sam Altman.
Antevendo uma potencial concorrência ao seu buscador, o CEO do Google, Sundar Pichai, interviu pessoalmente e “revirou o trabalho de vários grupos dentro da empresa para responder à ameaça que o ChatGPT representa”, afirma a publicação americana. A prioridade agora é “desenvolver e lançar novos protótipos e produtos de IA”.
O grande auê em torno do ChatGPT deve-se à boa impressão quando de sua apresentação. A ferramenta é capaz de responder perguntas – exatamente como o buscador Google – mas o faz de forma coloquial, além de resolver de forma instantânea equações matemáticas, traduzir idiomas, escrever textos acadêmicos, depurar e corrigir códigos, entre outras facilidades.
Por que o Google teme o ChatGPT?
A ordem dentro do Google é que todas as equipes de pesquisa, confiança e segurança estejam alinhadas e prontas para disponibilizar produtos de IA até a próxima grande conferência da empresa.
Esse deadline deve ser o evento I/O 2023 agendado para maio, quando o Google espera apresentar o "Imagen", sua versão doméstica do também badalado gerador de imagens DALL-E. Na ocasião, o Google espera entregar também a IA LaMDA, tecnologia que promete permitir ao usuário conversar com atendentes virtuais de forma natural.
Quanto ao chatbot de buscas, o Google está desenvolvendo o seu CALM, sigla em inglês para Modelagem de Linguagem Adaptativa por Confiança). Embora digam que a grande preocupação seja lançar uma IA sem problemas de preconceito ou linguagem tóxica, a questão na verdade é o fato de as pessoas preferirem um bot de sua confiança para fazer pesquisas de compra na internet.
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