A Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou terça-feira (14) uma reunião de urgência para estabelecer prioridade de pesquisa para tratar do surto de vírus Marburg, identificado recentemente na Guiné Equatorial. Da mesma família do ebola, o vírus já provocou a morte de nove pessoas e levou o país africano a declarar estado de alerta sanitário.
Considerado um dos mais letais do mundo, o vírus de Marburg tem uma taxa de mortalidade média de 50%, mas pode chegar a 88% dependendo de sua variante e dos cuidados médicos prestados aos infectados. De acordo com a agência de notícias Lusa, o Ministério da Saúde da Guiné Equatorial considerou a ocorrência como uma “situação epidemiológica atípica”.
Um dos nove países do mundo onde o português é uma das línguas oficiais, a Guiné Equatorial fica na África Central. A confirmação do diagnóstico do vírus veio de um laboratório do Senegal, após análise de material biológico de duas pessoas da cidade de Nsok Nsomo que morreram em 7 de janeiro e 7 de fevereiro.
Como o vírus de Marburg é transmitido?
As pessoas mortas na Guiné Equatorial apresentavam sintomas de febre, fraqueza, vômitos e diarreia com sangue, sinais da febre hemorrágica, uma das principais características da doença causada pelo vírus de Marburg, que foi "batizado" com o nome de uma pequena cidade alemã onde foi documentado pela primeira vez no ano de 1967.
A zoonose é transmitida por morcegos e primatas para seres humanos e, entre estes, o contágio ocorre via fluidos corporais de pessoas infectadas ou materiais e superfícies, como roupas de cama. Por enquanto, não existem vacinas nem medicamentos autorizados para o tratamento do Marburg, mas a reidratação pode aliviar sintomas e aumentar as chances de sobrevivência.
A OMS prometeu enviar profissionais para ajudar no combate à doença na Guiné Equatorial.
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