Desde que a Web surgiu, a internet passou por inúmeros processos evolutivos, melhorar a experiência dos usuários e, consequentemente, das empresas que poderiam disponibilizar seus serviços online.

Conforme sabemos, existem três fases distintas da Web, sendo a primeira delas uma fase estática e focada apenas na leitura. Logo em seguida, a segunda fase apresentou uma maior interatividade entre os usuários e ficou marcada pelo compartilhamento de informações. Por fim, chegamos à Web 3.0 que traz a personalização dos usuários para alavancar seu marketing como um de seus principais pilares.

Apesar de já existir especulação sobre a próxima fase da Web, a Web 4.0, há também muitas considerações sendo feitas com relação ao sistema Blockchain, que se refere às criptomoedas, na Web 3.0. Abaixo, confira mais detalhes sobre esse assunto!

Blockchain e criptomoedas: saiba como a Web 3.0 pode estar relacionada

O sistema Blockchain consiste em uma base de registro de dados que garante mais segurança às operações de criptomoedas que ocorrem virtualmente. Atualmente, existem diversas criptomoedas disponíveis no mundo e, inclusive, algumas delas já contam com uma expansão significativa em determinados meios digitais.

Em 2021, um relatório publicado pelo The Goldman Sachs Group, de Nova York, argumentou que esse sistema tecnológico seria fundamental para o desenvolvimento da Web 3.0 e também de outras tendências do momento, o que inclui até mesmo o metaverso.

“É a única tecnologia [disponível atualmente] capaz de identificar com exclusividade qualquer objeto virtual independente de uma autoridade central”, ressaltou um trecho do relatório.

Ainda de acordo com essa instituição financeira, a Web 3.0 se beneficiaria com o sistema blockchain por conta de suas condições que, no futuro, seriam ainda mais úteis considerando todas as inovações tecnológicas. Dentro desse contexto, pode-se argumentar que essa tendência conseguiria deixar a segurança de dados dos usuários menos vulnerável e mais autônoma.

Por meio deste relatório, os analistas do Goldman Sachs aproveitaram para mostrar ao mundo suas crenças com relação ao sistema blockchain que, segundo eles, pode não se restringir apenas às criptomoedas.

Contudo, ainda há muita polêmica em torno do assunto, tendo em vista que o Blockchain deixaria todas as operações anônimas, algo que iria, de certa maneira, em contrapartida ao que se espera da Web 3.0, onde tudo pode ser rastreado.

A Web 3.0 pode impactar o mercado financeiro?

Embora haja muitos críticos da integração entre a Web 3.0 e o Blockchain, principal porque essa primeira tendência ainda utilizaria serviços centralizados para se manter ativa, existem muitos entusiastas do assunto. Conforme destacado anteriormente, a Web 3.0 traz muitas considerações para serem debatidas, principalmente por conta desse ideal que garante privacidade dos usuários. 

Por esse motivo, as empresas deixariam de utilizar servidores centralizados para o armazenamento de dados e passariam a contar com outras tecnologias para se manterem ativas. E com essa descentralização, os usuários é quem verdadeiramente teriam o poder de decidir se iriam ou não compartilhar seus dados e informações com terceiros, sobretudo por conta de sistemas criptografados.

Apesar de parecer algo complexo e de outro mundo, a realidade mostra que há diversas vantagens para essa integração se tornar efetiva. Porém, algumas instituições poderão ter dificuldade em se adaptar a essa nova tendência, embora muitos acreditem que ela não seja capaz de impactar negativamente toda a cadeia existente no mercado financeiro.

"As implicações de investimento são difíceis de prever neste momento, mas as empresas que dependem do controle centralizado da identidade do usuário provavelmente terão seus modelos de negócios desafiados pela adoção do blockchain", argumentaram os analistas do The Goldman Sachs Group por meio do relatório divulgado em 2021.

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