A Google e a Apple estão sendo novamente pressionadas para banir o TikTok de suas lojas de aplicativos nos Estados Unidos. Quem pediu a proibição da plataforma de vídeos curtos, desta vez, foi o senador democrata Michael Bennet, em carta endereçada às principais lideranças das duas big techs, nesta quinta-feira (2).
Citando preocupações com a segurança nacional, o integrante do Comitê de Inteligência do Senado disse temer que o governo da China utilize as leis locais para forçar a ByteDance, dona do app, a fornecer dados dos usuários norte-americanos. A legislação em questão exige que as empresas cooperem com a inteligência do estado, segundo Bennet.
O político também afirmou que o algoritmo da plataforma pode ser utilizado para “promover interesses chineses”, apresentando conteúdos para minar as instituições democráticas do país. Ele comentou ainda sobre censura de postagens relacionadas à forma como o gigante asiático lida com Hong Kong e as minorias étnicas.
Mencionados no documento, o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, e o presidente executivo da Apple, Tim Cook, não se pronunciaram sobre o pedido de banimento do serviço nos EUA. Vale lembrar que o uso do app chinês em dispositivos e redes oficiais do governo americano foi restringido.
ByteDance questiona pressão
Ao comentar sobre a pressão de Bennet para a proibição do TikTok no território norte-americano, o porta-voz da companhia chinesa, Brooke Oberwetter, declarou que a carta foi baseada “quase exclusivamente” em relatórios falsos. O representante negou haver acesso a dados pessoais e manipulação de conteúdos na app.
Convocado para testemunhar perante o Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA em março, o CEO da ByteDance, Shou Zi Chew, deve esclarecer as políticas de segurança de dados do aplicativo na ocasião. Não há evidências de que os problemas citados tenham ocorrido, mas especialistas não descartam a possibilidade.
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