Nesta última quarta-feira (31), a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) realizou a transmissão ao vivo da primeira reunião pública que visa abrir uma discussão mais formalizada sobre os OVNIs — atualmente, o termo oficial usado nos Estados Unidos é Unidentified Anomalous Phenomena (UAP), ou fenômenos anômalos não identificados. O objetivo da agência espacial é desenvolver um modelo de categorização e avaliação desses objetos anômalos não identificados.
Em um painel com 16 especialistas da área espacial, a NASA divulgou que reuniu uma equipe para estudar UAPs e criar métodos científicos a fim de identificar quais observações são de fenômenos anômalos reais. Eles explicaram que, em muitos casos, os relatos de objetos não identificados podem ser observações de eventos da natureza, balões ou aeronaves.
"Os esforços atuais de coleta de dados sobre UAPs são assistemáticos e fragmentados em várias agências, muitas vezes usando instrumentos não calibrados para coleta de dados científicos. Este é um exemplo típico de uma coisa que vemos a maioria das vezes. Vemos isso por todo o mundo, fazendo manobras aparentes muito interessantes", disse o líder do grupo de estudo de UAPs da NASA, David Spergel.
Recentemente, os oficiais dos Estados Unidos também alteraram o termo Unidentified Aerial Phenomena (fenômenos aéreos não identificados) para Unidentified Anomalous Phenomena (fenômenos anômalos não identificados), pois nem todas as observações são de objetos voadores; por exemplo, alguns são observados em regiões marítimas.
Mais de 800 OVNIs já foram estudados pela Nasa
Spergel também disse que um dos grandes problemas da área é o estigma em relação aos discos voadores, por isso, muitos pilotos comerciais preferem não relatar os avistamentos. Ele explica que um dos objetivos da NASA é acabar com esse estigma, pois os profissionais do setor aéreo podem fornecer dados de alta qualidade sobre o fenômeno – a estigmatização costuma desencorajar os relatos e o estudo sobre o tema.
No painel, o diretor do Escritório de Resolução de Anomalia de Todos os Domínios (AARO), Sean Kirkpatrick, afirmou que a agência espacial teve acesso a mais de 800 avistamentos de UAPs, contudo, apenas entre 2% e 5% são observações realmente anômalas. Ele também diz que a maioria dos relatos foi descartada, pois foram facilmente explicados por suas características mundanas.
"Nós da NASA estamos cientes do considerável interesse público no UAP. No entanto, é fundamental entender que qualquer forma de assédio contra nossos membros do painel serve apenas para prejudicar o processo científico, que requer um ambiente de respeito e abertura", disse o vice-administrador assistente da NASA para pesquisa dentro do Science Mission Directorate, Daniel Evans, ao comentar que os cientistas também sofrem com o estigma.
Por fim, a equipe da NASA afirmou que está comprometida com a transparência em torno do tema. E você, acha que o fenômeno é causado por alienígenas? Continue no GaleraNerd para ficar por dentro do assunto!
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