O CEO do Twitter, Elon Musk, demitiu mais 200 funcionários na noite do último sábado (25), o que representa 10% do total de empregados da companhia. Entre os demitidos, está Esther Crawford, diretora de produtos que se destacou pelo relançamento do serviço de assinatura paga Twitter Blue, sob a gestão do dono da Tesla.
Durante a primeira rodada de demissões realizada por Musk, quando metade da equipe do Twitter foi demitida, Crawford foi fotografada no chão do escritório com um saco de dormir. Na época, o novo CEO disse aos funcionários que eles deviam escolher entre o trabalho "extremamente hardcore" com "horas longas e intensas" ou serem demitidos.
Além da diretora, a rede social também mandou embora dezenas de cientistas de dados, engenheiros e gerentes que trabalhavam em aprendizado de máquina e confiabilidade da plataforma. Alguns funcionários souberam da demissão após terem sido desconectados de suas contas de e-mails e laptops corporativos no sábado à noite.
No dia seguinte, Musk publicou no Twitter uma mensagem dizendo “espero que você tenha um ótimo domingo. Primeiro dia do resto da sua vida”.
Quando Musk assumiu o Twitter, a companhia empregava cerca de 7.500 pessoas. Com oito rodadas de demissões promovidas pelo novo CEO, a rede social reduziu em 70% o quadro de funcionários para apenas dois mil profissionais, alcançando o objetivo inicial do bilionário de manter apenas “uma equipe mínima”. Quase toda a equipe da plataforma no Brasil foi demitida.
A medida faz parte do esforço para equilibrar as contas da empresa, incluindo os juros anuais de US$ 1,2 bilhão do empréstimo de US$ 44 bilhões que o Musk tomou para adquirir o Twitter, enquanto a receita anual da companhia caiu 40% em 2022 em comparação com o ano anterior.
Desde que as ondas de demissões começaram no Twitter, os serviços da empresa têm sofrido interrupções ocasionais, instabilidade e erros. Em fevereiro, diversos usuários relataram dificuldades em carregar novos tweets na timeline da rede social.
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