"O Michael Jordan do levantamento de capital". Foi assim que Antonio Gracias, antigo diretor da Tesla, empresa automotiva com foco em performance e armazenamento de energia, se dirigiu ao empresário Elon Musk, CEO da companhia em questão. A afirmação do executivo foi feita durante o julgamento do bilionário por fraude de títulos, que aconteceu nos últimos dias em São Francisco, nos Estados Unidos.
Musk foi acusado de manipular os preços das ações da Tesla, induzindo investidores a tomarem decisões com base em informações imprecisas. Tudo começou em 7 de agosto de 2018, quando o magnata resolveu fazer um tuíte no qual afirmava que estava considerando tornar a empresa de carros em uma companhia privada, com valores de US$ 420 por ação, e que o financiamento estava assegurado.
Como resultado, a publicação de Musk fez as ações da Tesla dispararem US$ 8 em apenas um minuto. Ao fim do dia, os ativos da empresa já eram cotados a pouco mais de US$20 – um aumento de 6%. Todavia, 10 dias depois, as ações despencaram, visto que as afirmações de Musk não eram bem o que pareciam e o acordo para viabilizar a ideia do empresário não foi para frente.
Na última sexta-feira (27), Musk apareceu para depor sobre o caso e explicou que, quando afirmou que o financiamento estava garantido, quis dizer que, para ele, é algo simples conseguir apoio financeiro por conta de seu ótimo retrospecto. Lembrando que, além de chefiar a Tesla, ele também está à frente da SpaceX (empresa espacial) e do PayPal (plataforma de pagamentos online). A fala em questão foi revelada pela Associated Press, que acompanhou o julgamento.
O magnata também disse que não teve "motivos escondidos" para publicar o tuíte que o levou ao julgamento e que sua "intenção era fazer a coisa certa por todos os investidores", de acordo com a matéria da AP.
Ainda durante a ocasião, Musk revelou que poderia vender ações da SpaceX para financiar a compra por completo da Tesla. "Eu vendi ações da Tesla para completar a compra do Twitter. E eu teria feito o mesmo aqui", afirmou, de acordo com a CNBC.
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