Após demitir 11 mil funcionários em novembro de 2022 (13% de sua força de trabalho global), a Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, está planejando ainda mais cortes no grupo, segundo informou o Financial Times. A nova rodada de demissões, que deve ser anunciada em março, vem após a conclusão das avaliações de desempenho da equipe.
Principais pontos da notícia:
Meta realizará mais demissões;
O anúncio sobre quem vai e quem fica deve ser conduzido nas próximas semanas (a partir de março);
O motivo seria a redução de atividades e mão de obra na companhia;
Não há informações sobre a extensão do plano de reestruturação da empresa — e nem até quando ou qual o alcance (geograficamente) das demissões.
Não é de hoje que as demissões em massa assustam o mercado tech, principalmente no que diz respeito as gigantes da tecnologia. Além da Meta, Google, Amazon, Microsoft, e tantas outras também entraram para a lista de cortes históricos. A Meta, por exemplo, que representa o conglomerado de mídias sociais mais utilizadas atualmente, não realizava uma reestruturação com esse potencial de demissões há pelo menos 20 anos.
Qual o motivo para tantas demissões?
Entre os principais motivos para as demissões em massa, está a desaceleração econômica que ocorreu ao longo de 2022 (com inflação e juros altos). Somado a isso, houve um boom online que a pandemia da covid-19 trouxe. A alta demanda resultou em contratações em massa e agora ocorre o movimento contrário, cenário que especialistas previram.
Vale lembrar que Mark Zuckerberg, CEO da Meta, insinuava cortes há algum tempo. Ainda em outubro de 2022, ele alertou seus funcionários sobre o crescimento exponencial de receita durante o ápice da pandemia e assumiu a responsabilidade por não ter considerado o retorno do mercado on-line aos seus padrões normais.
“A desaceleração macroeconômica, o aumento da concorrência e a perda de anúncios fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava. Muitas pessoas previram que isso seria uma aceleração permanente que continuaria mesmo após o fim da pandemia. Eu também, então, tomei a decisão de aumentar significativamente nossos investimentos. Infelizmente, isso não aconteceu do jeito que eu esperava. Entendi errado e assumo a responsabilidade por isso.”
Mark Zuckerberg, CEO da Meta
O diretor também acrescentou durante a apresentação de resultados financeiros da empresa no ano passado que a Meta pode se tornar “uma organização um pouco menor” até o final de 2023. A empresa também já interrompeu novas contratações e cortou alguns projetos dentro do Reality Labs.
Comentários