Recentemente, um oficial das Forças Aéreas dos Estados Unidos (USAF - United States Air Force) afirmou que a instituição realizou um teste com um drone controlado por uma Inteligência Artificial (IA). Até aí, tudo bem.
O detalhe é que, durante a simulação, o dispositivo teria matado seu operador. A declaração foi feita pelo Coronel Tucker Hamilton, chefe das operações e testes com IA da USAF.
Agora, segundo o site norte-americano Vice, Hamilton voltou atrás em sua afirmação, dizendo que "se expressou mal" sobre a situação e que ninguém morreu durante o teste. Aliás, a tal simulação, na verdade, nunca teria acontecido.
Drone matou operador em experimento
De acordo com um e-mail recebido pelo veículo de imprensa, tudo não passou de um "experimento hipotético", baseado em cenários e possibilidades reais, e não uma simulação de verdade, com pessoas de verdade. Ou seja, o operador acabou morrendo "de mentirinha".
"Nós nunca fizemos esse experimento, e nem precisaríamos para perceber qual seria seu resultado", explicou Hamilton no e-mail enviado à Vice, formalizado pela Royal Aeronautical Society (RAeS), onde o Coronel fez sua apresentação inicial dizendo que um drone havia tirado a vida de alguém. "Apesar disso ser um exemplo hipotético, isso ilustra os desafios reais enfrentados por ferramentas de IA e porquê das Forças Aéreas estarem comprometidas com o desenvolvimento ético da área de IA", completou.
Hamilton já havia falado sobre Inteligências Artificiais antes do desentendimento, ressaltando como a tecnologia pode transformar a sociedade. "Nós devemos encarar um mundo no qual IA já está aqui e já está transformando nossa sociedade. [...] Ela torna fácil enganar e manipular. Nós precisamos desenvolver formas para fazer IAs mais robustas e ter mais consciência dos motivos pelos quais o software está tomando certas decisões".
"IA é uma ferramenta que devemos moldar para transformar nossas nações... ou, se ela for usada de maneira imprópria, será nossa queda", completou o Coronel.
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