O Google tinha "interesse permanente" em comprar a Tesla, afirmou o CEO Elon Musk nessa terça-feira (24), durante julgamento por fraude de valores mobiliários. Ainda segundo o magnata, o desejo da big tech o incentivou a buscar fundos para fechar o capital da montadora.
Musk tinha um acordo de US$ 11 bilhões para vender a Tesla para o Google em 2013, diz um livro de 2015. O trato era com Larry Page, ex-CEO da empresa de tecnologia. O recuo aconteceu após a discussão de detalhes, quando o Google passou a dar lucro.
As relações esfriaram ainda mais em seguida. Sergey Brin, cofundador do buscador, deveria lucrar com as ações da montadora, compradas em 2010 antes da abertura de capital, mas entre os problemas estava um caso de traição da esposa de Brin com Musk.
Adiantando a linha do tempo, Musk tentou tornar a Tesla uma empresa privada, com ajuda de fundos sauditas, incentivado pelo antigo interesse do Google. Ele negociou com o Saudi Public Investment Fund (PIF), maiores investidores do Twitter, adquirido pelo magnata por US$ 44 bilhões em outubro do ano passado.
O bilionário sul-africano é alvo de uma ação coletiva de acionistas da Tesla que alegam fraude e acusam o CEO da fabricante automotiva de manipular ilegalmente o preço das ações. As acusações se baseiam em posts dele no Twitter, afirmando ter financiamento para fechar o capital por US$ 420 por ação.
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