Em uma entrevista publicada quinta-feira (2) pela Forbes, o bilionário Bill Gates falou sobre o hype envolvendo a inteligência artificial (IA) após o lançamento do ChatGPT. O cofundador da Microsoft teceu elogios rasgados ao robô de bate-papo e disse que a ferramenta pode ser considerada tão significativa quanto a própria internet ou a evolução dos computadores pessoais.
Gates sabe bem do que está falando: quando ele ajudou a impulsionar a onda dos computadores pessoais nos anos 80, o PC era uma ferramenta restrita a grandes corporações e considerados aparelhos altamente sofisticados.
Da mesma forma, o ChatGPT — lançado como um protótipo de IA aberto ao público — impressionou a todos. Primeiramente pela complexidade das respostas e pela forma conversacional da organização do texto. Em seguida, pela sua extrema praticidade, a ponto de impactar a rotina das empresas e a forma como as pessoas irão trabalhar, segundo estimativas da indústria.
Os investimentos da Microsoft e a primeira impressão de Gates
Logicamente, a Microsoft não perdeu o bonde da história e, percebendo o potencial da ferramenta — que coleta dados em milhões de sites para dar respostas de forma clara, correta e simples — tratou logo de investir US$ 1 bilhão (504 bilhões de kwanzas) em 2019 na OpenAI, a empresa por trás do ChatGPT. A parceria rendeu à empresa de Redmond a exclusividade no licenciamento da tecnologia, que também já fez uma nova rodada de investimentos.
O que é mais curioso nessa parceria, segundo o The Information, é que, assim que a Microsoft procurou a OpenAI pela primeira vez para viabilizar a parceria, o próprio Bill Gates expressou sérias dúvidas sobre a nova tecnologia da empresa. Fontes ouvidas pela publicação garantem que o bilionário estava seriamente comprometido em analisar a tecnologia da startup antes de liberar o dinheiro, pois duvidava da capacidade da IA em contextualizar a fala humana.
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