O Google começou a usar inteligência artificial (IA) para gerar descrições automáticas de vídeos postados no YouTube Shorts. Conforme anunciou a companhia de Mountain View nesta quarta-feira (24), os textos criados pela tecnologia facilitam a busca pelos conteúdos na plataforma.
Desenvolvido pela Google DeepMind, divisão de IA da gigante das buscas, o modelo de linguagem visual Flamingo é o responsável pela geração das descrições. Como explicou a empresa, o mecanismo analisa os frames iniciais da gravação para explicar o que está sendo mostrado na tela.
Em um exemplo citado pela big tech, a ferramenta identificou um determinado vídeo como a exibição de “um cachorro equilibrando uma pilha de biscoitos na cabeça”. Estas informações são armazenadas como metadados no YouTube, ajudando a categorizar melhor o conteúdo, correspondendo às pesquisas feitas no serviço.
Ou seja, as descrições geradas por IA no YouTube Shorts não serão mostradas para o usuário final, servindo exclusivamente para tornar as buscas por vídeos mais eficientes. De acordo com o Google, a tecnologia já está sendo aplicada em todos os novos envios, de vídeos “de estrelas emergentes do K-Pop a guias gastronômicos locais”.
Resolvendo um problema antigo
Com mais de 50 bilhões de visualizações diárias, de acordo com a gigante da tecnologia, os vídeos do YouTube Shorts geralmente não trazem descrição, ao contrário das gravações para a plataforma principal. Isso pode dificultar o processo de descoberta de um determinado conteúdo, devido à falta de informações escritas sobre ele.
A partir da implementação da tecnologia, a gigante da tecnologia acredita que tal problema será resolvido. “Esse modelo Flamingo — a capacidade de entender esses vídeos e nos fornecer um texto descritivo — é realmente muito valioso para ajudar nossos sistemas que já estão procurando por esses metadados”, disse o diretor de gerenciamento de produto da plataforma, Todd Sherman, ao The Verge.
Quanto à possibilidade de usar a IA na criação de descrições automáticas para os vídeos longos disponíveis na versão tradicional do YouTube, Sherman disse que a necessidade é um pouco menor, neste caso. No entanto, a empresa não descarta a adição futuramente.
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