Nesta quarta-feira (16), a Força Espacial norte-americana relatou mais um teste de mísseis antissatélites da Rússia, configurando assim o terceiro apenas neste ano. Segundo os oficiais do Comando Espacial Norte-Americano (USSC), o evento envolveu um míssil de ascensão direta antissatélite (DA-ASAT), projetado para destruir pequenos satélites que orbitam a Terra em baixas altitudes.
O comunicado da entidade militar questiona a postura da Rússia quanto à militarização do espaço sideral, afirmando que o país está desenvolvendo soluções que "buscam explorar a dependência norte-americana nos sistemas espaciais". Nesse mesmo sentido, a USSC continua explicando que as sucatas e os detritos deixados pelos satélites destruídos se acumulam e podem se tornar ameaças aos outros equipamentos que estão orbitando a Terra — além de poluir irreversivelmente o ambiente.
Em comunicado oficial, o comandante da USSC, James Dickinson, afirmou que a Rússia está tornando o espaço sideral em um campo de guerra, sendo um embate em relação a sua postura pública de prevenir conflitos sobre o tema.
Ao concluir, Dickinson reforça a importância dos sistemas de comunicação espaciais para a Terra, principalmente em momentos de crise como o da atual pandemia de covid-19: "O espaço é fundamental para todas as nações," ele comentou. Em seguida, reforçou: "é um interesse comum criar as condições para um ambiente espacial seguro, estável e operacionalmente sustentável".
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